sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

múltiplas poéticas

SULCOS E NUVENS 

Alguns livros passam pela gente sem provocar um arranhão que seja. Muitas vezes até são bons livros, leitura prazerosa e tal. Mas depois de lidos, decorrido um tempo, mal conseguimos lembrar da história; dos personagens nada retemos; nenhuma cena cristalizou em nossa mente. Em contrapartida, há livros que provocam muitos arranhões na memória. Aí basta encostar a ponta da atenção nesses sulcos para que a história volte a tocar em nós, reproduzindo cenas e personagens. É uma alegoria antiquada, bem sei, essa, do vinil com a agulha. Afinal, na era digital, as informações, incluindo as musicais, estão nas nuvens. E quando não, no lugar da agulha, um leitor magnético faz a captação. Nisso também me identifico: um leitor magnético. Ou melhor, magnetizado por literatura.

 

[Wilson gORj]


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