quieta aqui nessa solidão capixaba quantas vezes me vem em sonhos ou alucinações contemporâneas tudo o que não fui eu não era a bruna beber muito menos débora seco mas ele gostava até queria que fosse assim como biúte me chamava de vários nomes ao mesmo tempo aquela profusão de palavras como inseto em volta da lâmpada e os cálices nos lençóes de algodão as vezes linho para atiçar nossa luxúria com a contribuição da enel que nos deixava quase sempre no escuro na guarapari do espírito santo uma noite ele passou o tempo todo lendo pagu no meu ouvido e macabea não se conforma por ter sido deixada de lado nas artes cínicas do presídio federal de brazilírica trafega com seus fantasmas pelos corredores falando para o vento que entra pelos buracos das fechaduras
você está se aproveitando da nossa situação e está de olho
na minha mulher não vai colar porque gigi federika lady rúbia eu gênia agora é
minha quem mora com ela em iriri do espírito santo sou eu pode tirar seu
cavalhinho da chuva seu tempo de guarapari passou se não é capixaba que se dana
quero mais que o quiabo voz carrege porque sua banda de reggae aqui não toca aqui
não é freguesia do ó e você nem conhece quibe de peixe pra ficar jogando isca
no meu quintal de areia sua sereia já morreu faz tempo o templo agora é outro
pastor de andrade me deu a chave de entrada da cancela principal gado não entra
e o bom cabrito vai berrar do lado de fora
Federico
Baudelaire
https://fulinaimagemfreudelerico.blogspot.com/
a
traição das metáforas
uma viagem aos 80
acho que meus queridos estão todos pirados esses últimos
anos de pandemia deve ter afetado as ondas elétricas dos múltiplos cerebelos os
fios dos cabelos enferrujados de sal e maresia lá nos anos 90 uilcon serafim me
alertava sobre essa onda magnética que se espalharia pelo planeta nos currais
nos palácios nas bodegas ademar cardoso também em jardel ricardo pereira lima
márcio coelho gabriel de lapuente antes até nos 80 no by brazil do black river de
registro a batatais enquanto dalila do abc continua pilotando os alpharrábios zhôo
muito zen pensava que tudo seria nuvem passageira enquanto césar conversando
com raul já me dizia que a lucidez mora ali do outro lado esquerdo de
assombradado enquanto rubens jardim só
quer saber das mulheres com poesia
Artur
Gomes Fulinaíma
https://braziliricapereira.blogspot.com/
Sarau Gente de Palavra homenageia Artur Gomes
Leia
mais em https://fulinaimagens.blogspot.com/
Fragmento
do prefácio do livro O Homem Com A Flor Na Boca
Artur
Gomes, este homem com a flor na boca, anda a espalhar o veneno
agridoce de sua poesia, numa obra em que não há fronteiras entre o artista, o
cidadão, o personagem, o eu poético, a obra. Seu livro não é um objeto, mas um
produto interno e nada bruto. A obra é sempre muito maior que o livro, pois
este, matéria assim como o homem, finda. A obra, esse totem que se pode cultuar
no altar da memória, está sempre presente. E é disso que o poeta fala: do tempo
presente, do homem presente, da vida presente. Parafraseando Drummond, com O
Homem Com A Flor Na Boca,,
“não nos afastemos, não nos afastemos muito”, vamos de mãos dadas com a poesia
de Artur.
Adriano
Carlos Moura
Professor
de Literatura – IFFluminense, Campos dos Goytacazes-RJ – Poeta, Ator, Dramaturgo
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