domingo, 21 de abril de 2024

CAVERNA - Ademir Assunção

 

CAVERNA

 

me tranquei na caverna com platão

pra enfrentar meus próprios males

não vi primata nem zapata nem dragão

ouvi o canto das sereias pelos bares

chamei pra briga o capeta de facão

senti o aço perfurando a carne mole

gritei bem alto um tremendo palavrão

chamei são jorge pra ajudar o filho pobre

daqui ninguém sai vivo nem com reza ou um  milhão

um dia até o tolo acaba que descobre

perdi o medo de espelho e solidão

só levo a vida com a pele que me cobre

 

Ademir Assunção

RISCA FACA

Selo Demônio Negro - 2021


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oficina de Poesia Falada - Escrita Criativa

nesta próxima quarta entre as 17 e 21h estarei fazendo no Palácio da Cultura, uma demonstração da Oficina de Poesia Falada (escrita criativa...