por mais paradoxal
que possa parecer
bailarina
não é um ser normal
como qualquer um outro ser
Federika Lispector
nesta noite quieta
entre lençóis e travesseiros
eu aqui inquieta no meu canto
ouço Bob Dylan
bebendo esse conhac
com tua língua
em minha boca
as noites lá do sul
trago de volta entre os vinhedos
e tua pele entre meus dedos
o poema escrito em guardanapo
até hoje está guardado
na moldura o teu retrato
Federika Lispector
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