domingo, 21 de abril de 2024

Artur Gomes - 50 Anos de Poesia

Artur Gomes - 

50 Anos de Poesia

Memória e Resistência

Uma Trajetória MultiLinguagens

Com Os Dentes Cravados Na Memória – II

 

Onde e Quando Começou Minha Paixão pela MPB

 

Em 1967/1968 passei um ano entre Rio de Janeiro e Brasília, dentro do Quartel da Cavalaria – Dragões da Independência. Ali mesmo pela TV assistimos ao Festival Internacional da Canção, (TV Globo), onde ouvi pela primeira vez Milton Nascimento cantando Travessia, parceria dele com Fernando Brant.

Logo depois,  assistimos o emblemático  Festival da Record, lançando para o estrelato, Edu Lobo, Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso. E em 1968, Geraldo Vandré é consagrado com o seu hino anti-ditadura: Para Não Dizer Que Não Falei de Flores, uma parceria com Teo de Barros.

Ali estava sacramentada definitivamente a minha paixão pela MPB, que permanece viva até os dias atuais. Quando voltei do exército em maio de 1968, fui convidado a ocupar a vaga de linotipista na Oficina de Artes Gráficas da então Escola Técnica Federal de Campos , (ETFC), o que aconteceu a partir de 1 de julho daquele mesmo não.

Em 1973 quando lancei o livro Um Instante No Meu Cérebro, ainda morava na Fazenda Santa Maria de Cacomanga. EM 1974, passamos a morar em Campos, na Rua José Perlingeiro Junior, 22, no Parque Jockey Clube, e em um dos passeios que costumava fazer pelo centro da cidade, re-encontrei Paulo Ciranda e lhe apresentei 2 letras que havia acabado de escrever.

Uma semana depois, ele me mostrou as duas já musicadas: Deusas de Marfim e Caminho de Paz. Classificamos as duas no IV Festival de Música de São Fidélis e vencemos o Festival com Caminho de Paz, interpretada na voz de Vitor Meireles (Pardal), e eu ainda ganhei a medalha de Melhor Letra.

O Festival de Música de São Fidélis, era realizado na época, pela Secretaria de Turismo, que tinha como titular Mauri Simão, um grande entusiasta da cultura musical na cidade. A partir de então, ganhamos um grande fã na cidade, o advogado Fidélis Pereira.

A notícia sobre a nossa vitória em São Fidelis, chegou pela voz do radialista Nicolau Louzada, que integrou a Comissão Julgadora do referido Festival, e logo fomos convidados para a Festa de Fim de Ano, do também radialista Ismael Luis(Bolinha), realizada no Clube de Regatas Campista, onde pela primeira vez em Campos, nos apresentamos acompanhados pelo grupo Turma do Campo, composta por Paulo Ciranda, Vitor Meirelles, Apolinário, Leozinho, Abelha e Inês.

 

E logo depois se inicia a minha incursão pelos palcos de Campos dos Goytacazes, no Teatro de Bolso, com o musical Gotas de Suor, produzido e dirigido por Kapi.

*

Em 1975 lancei o meu segundo livro de poesia: Mutações Em Pré-Juízo, com prefácio de Marcos Wagner Coutinho, com quem passei inúmeras tarde na varanda de sua casa, conversando sobre literatura, música, poesia e o nosso cotidiano na Escola Técnica Federal de Campos. 

Havia começado a rascunhar alguns textos e poemas para um próximo livro, que ainda não tinha encontrado o título, quando Deneval Azevedo Filho, me propõe fazer uma adaptação para o Teatro, e assim nasceu a peça Judas – O Resto Da Cruz, encenada no Teatro de Bolso, em julho de 1975. 

Em 1975 também começo a cooptar estudantes da ETFC para uma Oficina de Teatro, e realizamos a segunda montagem de Judas – O Resto Da Cruz, no Teatro do SESC, com direção de Ronaldo Pereira, e alguns meses depois realizamos uma outra montagem no Centro Cultural de Macaé, com uma concepção cênica de Newton Rabello. 

As parcerias com Paulo Ciranda seguiam ao sabor do vento, e em 1976, foram desaguar em outros Festivais. 

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Em 1977 lanço o meu terceiro livro Além da Mesa Posta. Nele comecei a me enveredar também pela prosa/ficção.

Tendo Marisa Almeida como parceira de palco, atuo em Avatar, com direção de Orávio de Campos Soares, no Teatro do  SESC Campos e enceno 25 Anos de Sonho e Sangue em Santa Maria Madalena.

Ganho o prêmio de Melhor Intérprete no Festival de Poesia Falada, realizado no Teatro de Bolso, pelo Departamento Municipal de Cultura de Campos, dirigido na época pelo poeta e Jornalista Prata Tavares. 

Mas isso é assunto para a próxima postagem

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